12 de junho de 2010

É hora de as cidades favorecerem as pessoas, não os carros

Los Angeles e inúmeras outras cidades são muito mais amigáveis para carros que para pessoas, construídas de acordo com políticas de uso do solo que fizeram nada mais do que por pessoas atrás do volante. Esse é um modelo insustentável, e precisa mudar.

Essa foi a mensagem que o planejador de transporte Timothy Papandreou trouxe para Expanding the Vision of Sustainable Mobility, simpósio realizado pelo Art Center College of Design (uma espécie de Havard do design de transportes) que trouxe especialistas em campos tão variados como planejamento urbano e engenharia aeroespacial, para discutir o futuro da mobilidade.

P. pediu um fim para políticas federais, estaduais e municipais de uso do solo que literalmente forçam as pessoas a dirigir e contou a Wired.com que estamos na iminência [urgência] de uma inversão de comportamento, contrária à propriedade do carro e a favor de uma maior atenção ao transporte de massa e ao transporte sustentável.

Tendo sido gerente em planejamento de transportes em cidades como Los Angeles e São Francisco - onde está atualmente -, tem autoridade pra falar sobre esse "ciclo de dependência do automóvel", no qual precisamos de lugar pra estacionar em casa, no trabalho, ao fazermos compras, e que transforma as cidades em lugares onde "carros tem direito à 'moradia', e pessoas não".

Essa distorção, diz, é o resultado de anos aumentando a capacidade para atender automóveis e reduzindo o investimento em formas alternativas de transporte. Leva a maioria dos americanos a considerar a posse de um automóvel item essencial para uma vida produtiva e realizada. P. propõe uma ampla mudança na forma como vemos a mobilidade pessoal.